Contra tudo e contra todos. O Benfica foi a Stamford Bridge causar problemas e discutir a eliminatória até ao fim com o Chelsea. Porém, as "águias" perderam por 2-1, e são assim eliminadas. Mesmo sem centrais, mesmo com um a menos, e mesmo contra o "monopólio de Platini", este Benfica dignificou-se a si e a Portugal.
Com os quatro centrais lesionados, Jesus foi obrigado a criar uma dupla improvisada: Emerson e Javi Garcia foram os eleitos para o centro da defesa. E, de salientar que ambos estiveram muitíssimo sólidos, principalmente o contestado Emerson.
Quanto ao jogo, o Benfica entrou decidido e com vontade de mudar o rumo da eliminatória. Principalmente nos primeiros 15 minutos só deu Benfica, mas ainda assim isso não se traduzia em oportunidades de golo. Eram as "águias" que dominavam, mas iria ser o Chelsea a marcar. Aos 20 minutos, Javi Garcia encosta a Cole, o árbitro assinala penalti. Aceito o penalti, não aceito é o facto de haver dois critérios. Na cobrança, Lampard não falhou. De destacar, que Maxi Pereira levou amarelo por protestos, o que vai ser muito importante no desenrolar da partida. Este amarelo, é fruto do facto que desde de muito cedo o árbitro sérvio mostrou uma grande dualidade de critérios, mostrando vários cartões amarelos aos jogadores do Benfica com pouco cabimento. Mas, o Benfica não se intimidou e continuou a dominar o encontro. As tentativas "encarnadas" esbarravam na defesa blue, inclusive um remate de Cardozo, que depois de uma jogada de "laboratório" rematou, com Terry a tirar em cima da linha. Estava difícil e Maxi complicou ainda mais coisas. O uruguaio, imprudente, entrou agressivamente sobre um adversário e Skomina mostrou-lhe o segundo cartão amarelo.
Se antes do jogo já era complicado, se com o golo sofrido tornou-se mais difícil ainda, com um elemento a menos a coisa ficou negra.
Mas, o Benfica nunca perdeu a identidade. O inicio da segunda parte trouxe um Benfica atrevido, a fazer os possíveis para virar o rumo dos acontecimentos. Primeiro foi Cardozo, que viu o seu golo negado devido a uma enorme defesa de Petr Cech. Pouco tempo depois foi Aimar que alvejou a baliza inglesa, com o remate a ir às malhas laterais. Porém, o Chelsea reagiu e depois dos lances do Benfica, surge o único momento na eliminatória onde o Chelsea está por cima. Nesta altura, os "encarnados" sentiram dificuldades em parar os londrinos, que disponibilizaram de algumas boa oportunidades para marcar. De destacar um falhanço de Ramires, digno de "apanhados". Vendo isto, Jesus mexeu, colocou Yaninck Djalo, e antes já tinha posto Nelson Oliveira. Ambos agitaram com o Benfica, que voltou a ser a equipa "mais" em campo. O perigo voltou à baliza blue, e esse perigo ainda acentuou-se mais com a entrada de Rodrigo. Peter Cech foi chamado a fazer algumas intervenções de grande nível, negando o o golo ao Benfica. Primeiro foi a um remate de Nelson Oliveira, que o guarda-redes checo defendeu com o pé. Depois, foi a um notável cabeceamento de Yannick Djaló, que o guardião do capacete respondeu com uma grande estirada. O Benfica merecia o golo, e ele chegou, justamente, a 5 minutos de final. Foi Javi Garcia, que finalmente bateu Cech, dando esperança aos 3 mil inalcançáveis adeptos que estavam em Londres e aos milhões espalhados pelo mundo. O Benfica foi para cima, mesmo com menos um, os "encarnados" lutaram sempre, mostrando uma enorme alma. Talvez se naquele lance mesmo à beira do fim Nelson Oliveira tivesse entregado a bola a Djaló em vez de tentar o remate em trivela, o Benfica estava a festejar nesse momento. Era o tudo por tudo das águias, que não tinham nada a perder e expuseram-se ao máximo. Esta exposição foi aproveitada por Raul Meireles, que aos 92 minutos, num contra-ataque 2 para 2 rematou forte, acabando assim com a esperança encarnada.
Logo a seguir chegou o fim do encontro. O Benfica no total da eliminatória foi melhor do que o Chelsea, e a injustiça é palavra de ordem em ambos os jogos. Toda gente sabe que o Monsieur Platini tem preferências, e isto ficou bem patente hoje. Tivemos a prova que estas andanças tardias em provas tão importantes ainda não é terreno para equipas de países marginais. É pena.
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